Seja bom, educado, gentil, mas não seja tolo
- Leo Xavier
- há 3 horas
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A bondade demanda limites ou se transforma em fraqueza
Ser bom, educado, e gentil é virtude. É ter empatia, oferecer ajuda, ouvir o outro, acolher com sinceridade. Mas ser bom não é ser tolo. Bondade sem limite vira fraqueza aos olhos de quem não tem caráter. Vivemos tempos em que muitos confundem generosidade com servidão, e humildade com submissão. Outros ainda pensam que o dinheiro e o poder lhes conferem a prerrogativa de atropelar os direitos dos demais, pautados por uma falsa superioridade econômica, financeira, política ou social.
Ser bom não é curvar a cervical diante de tudo o que lhe impõem, tampouco aceitar as injustiças em nome da paz, ou ainda, recear o poder que outras pessoas detêm. A verdadeira bondade também sabe dizer não, sabe combater e fazer valer os seus direitos. Ser bom é agir com o coração aberto, sem tirar os pés no chão. Manter a fé no ser humano, com os olhos abertos à realidade. Estender a mão — e recolhê-la quando perceber que está sendo usada imerecidamente.
Há quem veja na bondade dos outros uma oportunidade de manipulação. Por isso, ser bom exige coragem e discernimento. Há que se proteger a nossa pureza, para que o outro não a transforme em fragilidade. A bondade verdadeira não é ingênua, porém consciente. Ela entende que amor-próprio também é um ato de amor ao mundo. Porque quem se respeita, respeita melhor o outro.
Ser bom é bonito, contudo, ser bom com limite é ser forte. E, no fim das contas, a maior prova de maturidade é continuar sendo bom, mesmo em um mundo que, tantas vezes, confunde luz com vulnerabilidade.
Léo Mauro Xavier Filho






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