A força do universo feminino

            O que seria do mundo sem o universo feminino? Um lugar certamente mais frio, sem a delicadeza que colore a vida e sem a firmeza que sustenta tantos caminhos. A força da mulher é diferente de qualquer outra: não é apenas resistência, mas transformação. Onde muitos veem deserto, ela enxerga jardim; onde só existe silêncio, ela cria música; onde há dor, ela gera esperança.

            Desde os primeiros passos da humanidade, as mulheres estão presentes, simultaneamente, como esteio essencial e invisível. São mães, filhas, avós, irmãs, profissionais, líderes, cuidadoras, criadoras. A força feminina sustenta famílias, comunidades e sociedades inteiras, ainda que, na maioria das vezes, passe despercebida ou não seja devidamente reconhecida. A mulher é coragem que acolhe e levanta. É potência de cuidado e de ternura, mas também é ousadia que não teme romper barreiras e desafiar estruturas. Sua força é completa porque não precisa escolher entre ser firme ou ser doce: ela é ambas, ao mesmo tempo, e nisso reside sua grandeza.

            É preciso lembrar que, em meio às lutas diárias, a mulher também enfrenta a desigualdade, o preconceito e a violência. Nem por isso, desiste, porém persevera em sua caminhada, abrindo trilhas para si e para as gerações que virão. Sua persistência é um convite para toda a sociedade repensar o que significa força. O mundo só se mantém em movimento porque as mulheres não desistem. Elas seguem caminhando, educando, criando, sonhando e resistindo. São faróis em meio à escuridão, portos seguros em tempos de tempestade, e asas que ajudam a humanidade a voar mais alto. Reconhecer a força da mulher é reconhecer a própria vida. Porque sem o universo feminino, o mundo perderia seu coração, sua alma e sua esperança.

            Dedico essa singela reflexão a duas mulheres especiais: a minha mãe Lorena e a minha sogra Alda, minha segunda mãe.

Léo Mauro Xavier Filho