Dê uma chance ao amor!
- Leo Xavier
- 23 de set.
- 2 min de leitura
Não sou terapeuta de casais, tampouco estudioso do tema. Sou apenas um homem que vive há quarenta anos ao lado da mesma mulher: esposa, amiga e companheira de vida. Nesses anos, tivemos dias de sol e noites tempestuosas, momentos de alegria intensa e fases de severas dificuldades. Ainda assim, seguimos. Por quê? Simples: escolhemos seguir e porquanto o amor, quando verdadeiro, pede decisão, resiliência, perdão e coragem para não sucumbir às crises.
A música ‘Espumas ao Vento’, interpretada por Raimundo Fagner, traduz esse sentimento de forma visceral: um grande amor não se acaba assim, feito espuma que o vento leva. Quando verdadeiro, esse sentimento resiste ao tempo, às falhas humanas e às dores que insistem em atravessar a vida a dois. Deixa marcas que não podem ser apagadas e que, longe de serem cicatrizes amargas, se tornam lembretes de que houve reconciliação, reencontro e uma escolha consciente de permanecer.
Muitos casais, sobretudo os mais jovens, acreditam que uma crise é o sinal do fim. Não é. A crise pode ser a porta de entrada para um novo começo, o instante em que os dois precisam imergir em seus erros — e, mais do que reconhecê-los, pedir perdão e reavaliar os caminhos e as condutas recíprocas. O amor exige humildade para baixar a guarda; sabedoria para não confundir raiva extemporânea com rompimento definitivo; e esperança para acreditar que vale a pena perseverar.
Não existe casamento perfeito, porém existem casais que aprendem a caminhar juntos, mesmo quando tropeçam. O segredo está menos no romantismo das promessas e mais na decisão diária de permanecer. Família se constrói na alegria, mas também no esforço de atravessar as dificuldades de mãos dadas. Aos que pensam em desistir, asseguro: o amor pode até vacilar, todavia não precisa se perder. Ele pode se renovar. E quando ocorre o regresso, o reencontro, a porta está sempre aberta! E o olhar pronto para celebrar. Pois, no fim, acreditar no amor e na vida a dois continua sendo uma das escolhas mais belas que podemos fazer.
Dedico essa reflexão à Cristina, mulher, amiga, força e inspiração de toda uma vida.
Léo Mauro Xavier Filho

Assunto sempre delicado. Relações entre casais demandam muita tolerância, concessões e conexões. Léo - prossiga com essas reflexões, muito úteis e procedentes!
Lindo verdadeiro texto. Que exista sempre amor. Gostei muito.