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O cansaço da polarização política e a necessidade de novos caminhos

  • Foto do escritor: Leo Xavier
    Leo Xavier
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Que cansaço essa polarização política que existe atualmente no Brasil. Tornou-se um fardo diário, um ruído que invade conversas, contamina relações e aprisiona o país em uma disputa interminável entre dois polos. Liga-se a TV, lê-se um jornal, uma rede social e só se fala sobre isso, até parece que o Brasil não tem outros problemas além dessa chatice política, com pê minúsculo, como se a política brasileira tivesse sido reduzida a uma eterna revanche, onde o que mais importa é derrotar, aniquilar e menosprezar o adversário, do que efetivamente discutir e construir soluções reais para os problemas da nação. 

Os dois líderes políticos mais influentes da atualidade, aliado aos poderes Legislativo e Judiciário, que em muitas circunstâncias também atuam como fomentadores e protagonistas dessa escalada, inflamando o ativismo, carregam parte importante dessa responsabilidade. Ambos os líderes, cada qual com suas perspectivas de mundo, têm trajetórias importantes, e que marcaram a história recente de nosso país, contudo também são os símbolos mais evidentes de uma divisão que já não acrescenta, apenas desgasta — e o povo já está ficando cansado desse embate estéril. O Brasil parece refém desse duelo, como se o futuro estivesse condenado a repetir o passado, sem espaço para novos nomes, ideias e perspectivas. 

Tivessem eles a grandeza de renunciar a uma possível candidatura à presidência, fariam um bem imenso ao país. Seria um gesto não de fraqueza, mas de maturidade política, de compromisso com algo maior do que os próprios egos, e sim com o país.  Esse ato permitiria que surgissem novas lideranças, que o debate se oxigenasse e que a sociedade respirasse aliviada, libertando-se da sensação de que só existem duas opções possíveis. 

A democracia precisa tanto de alternância, quanto de serenidade. Aliás, líderes políticos e homens públicos com serenidade, nas diversas esferas de poder, são cada vez mais escassos do cenário político-institucional de nosso país. O país real, o que enfrenta filas em hospitais, falta de segurança, transporte coletivo precário, desigualdade gritante e futuro incerto, não pode continuar sendo refém de disputas personalistas e de grupos políticos que desejam se perpetuar no poder. O Brasil precisa de propostas, não de brigas intermináveis! 

A sociedade brasileira certamente agradeceria um gesto de renúncia em favor do futuro. Talvez pareça utopia esperar por tamanha atitude de grandeza, vindo de homens tão vaidosos, mas a utopia, como alguém já sentenciou, tem o poder de apontar caminhos, pois ela serve para nos fazer seguir, com esperança e coragem. Talvez seja a hora do Brasil, da sua gente e de seus homens públicos, começarem a dar passos em direção a uma política menos polarizada, mais plural e verdadeiramente comprometida com o bem comum da nação. 


Léo Mauro Xavier Filho


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