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O cidadão, o sistema e os interesses dos grupos políticos dominantes

  • Foto do escritor: Leo Xavier
    Leo Xavier
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

O cidadão é o sujeito de uma sociedade democrática, mas muitas vezes se vê relegado a figurante de uma trama conduzida por grupos políticos dominantes. De um lado, está quem trabalha, paga impostos e sonha com uma sociedade justa. Do outro, um sistema que deveria servir ao coletivo, mas que frequentemente é manipulado para preservar privilégios e reforçar estruturas de poder.

            Esses grupos moldam narrativas sedutoras, falam em modernização e inclusão — mas, na prática, constroem engrenagens voltadas à sua própria sobrevivência política. O sistema passa a girar em torno de acordos de bastidores, favores trocados e manutenção de suas vantagens e prerrogativas, enquanto o cidadão, que deveria ser o protagonista, é afastado da cena e excluído até de seus direitos mais básicos. O resultado é a descrença, e em razão disso a democracia corre o risco de se reduzir a um ritual burocrático, a um jogo de cena, um vazio participativo.

            Mas o problema não é a política. O problema é o seu uso distorcido, quando o bem comum é substituído por conveniências e cálculos eleitorais. Se o debate público se converte em disputa de egos, a cidadania se fragiliza. Infelizmente, e muito claramente nos dias atuais, o país está refém das narrativas e das retóricas de um jogo político que já exauriu a quem trabalha, paga impostos e empreende, gerando emprego e renda.

            E é justamente aí que mora a esperança: cada vez que o cidadão se organiza e se reconhece como sujeito ativo, o sistema acusa e treme. A sociedade civil, organizada nas entidades representativas de classe e movimentos sociais (desde que se abstenham de qualquer viés ou interesses ideológicos, buscando puramente o desenvolvimento social e econômico da nação), mostram que é possível transformar indignação em ação, o silêncio em voz e a desconfiança em mobilização.

            O desafio é não ceder ao cansaço, é insistir em ocupar espaços, cobrar transparência e manter viva a chama da participação. O sistema pode parecer impermeável, mas a história prova que ele cede quando a força social e coletiva se levanta, a voz das ruas atemoriza os dominantes. Porque, em essência, o poder não pertence a grupos políticos nem às elites momentâneas. O poder pertence ao povo, e é dele que deve vir a energia capaz de corrigir rumos, equilibrar forças e ressignificar o sistema. A esperança é que o brasileiro não desiste nunca!

Léo Mauro Xavier Filho


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